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Estilística

FIGURAS DE ESTILO

 

ANTONOMÁSIAS (=chamar com o nome diferente)

É a substituição de um nome próprio por uma qualidade ou um epíteto que o qualifica. Figura de linguagem caracterizada pela substituição de um nome por outro nome ou expressão que lembre uma qualidade, característica ou um fato que de alguma forma identifique-o. Designação de uma pessoa pelos seus atributos ou por referências a circunstâncias em que se envolveu. Trata-se de uma variante da metonímia, substituição que resulta do patrimônio pessoal ou da profissão do indivíduo em pauta, geralmente conhecido. Na linguagem coloquial,  apelido ou alcunha é uma forma de Antonomásia.

- o solitário de Santa Helena (Napoleão)

- o poeta da saudade (Casimiro de Abreu)

- o Águia de Haia (Rui Barbosa)

- o Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier)

- o Rei da Guitarra (Jimmy Hendrix)

- a Rainha do Pop (Madonna)

- o Poeta dos Escravos (Castro Alves)

- o Pai da Medicina (Hipócrates)

- o Herói de Troia (Aquiles)

- o príncipe da romana eloquência (Cícero)

- o engenheiro da palavra (João Cabral de Melo Neto)

- o repórter de Canudos (Euclides da Cunha)

- o bruxo do Cosme Velho (Machado de Assis)

- a dama do teatro brasileiro (Fernanda Montenegro)

- o cavaleiro da triste figura (Dom Quixote)

- o vencedor da esfinge (Édipo)

- o cantor dos índios (Gonçalves Dias)

- o patriarca da Independência (José Bonifácio)

- o Libertador (Simón Bolívar)

- o herói de Riachuelo (Barroso)

- o mestre do suspense (Alfred Hitchcock)

- a dama do suspense (Agatha Christie)

- o cantor da epopeia de Aquiles (Homero)

OBS: na categoria dos grandes escritos, são comuns as antonomásias: “o poeta de...”; “o cantor de...”; “o autor de...”, etc.

ANTONOMÁSIAS VOSSIÂNICAS

- Certos antropônimos, reais ou mitológicos, que passam a designar, por antonomásias, determinados atributos. Nomes de personagens célebres da literatura ou da mitologia, que normalmente encerram em si características psicológicas arquetípicas.

 

Caixa de Pandora (ou Bolsa de Pandora, Boceta-de-Pandora, Jarra de Pandora)

 

Lugar de todos os males da humanidade (mentira, discórdia, violência, crime, guerra, fome, doenças, velhice, vícios, morte, etc), juntamente com esperança.

Pandora foi a primeira mulher criada por Zeus (Júpiter - deus dos deuses). Etimologicamente: "bem dotada", "mãe de todos os dons", primeira mulher que existiu na Terra.

Hesíodo nos conta em “Os Trabalhos e os Dias” e “A Teogonia” que Zeus, irado com o titã Prometeu, que entregou o segredo do fogo aos homens, envia Pandora para a Terra portando a Caixa que jamais poderia ser aberta. A curiosidade vence Pandora e ela abre a Caixa deixando escapar todas as mazelas humanas, restando em seu interior apenas a (ilusão) esperança.

 

Metáfora:

Qualquer coisa que incita curiosidade, mas é preferível não tocar ("a curiosidade matou o gato").

Usa-se a expressão em sentido figurado quando se quer dizer que alguma coisa, sob uma aparente inocência ou beleza, é na verdade uma fonte de calamidades.

"Abrir a Caixa de Pandora" significa que uma ação pequena e bem-intencionada pode liberar uma avalanche de repercussões negativas.

 

Outras metáforas:

- conceitos relacionados à natureza feminina, como: beleza, sensualidade e poder de dissimulação e de destruição, conforme o pensamento de Fernando Segolin, professor de Literatura da Pontifícia Universidade Católica (PUC)

 

- Por que  a Esperança estava guardada na caixa entre todos os males? Dependendo da perspectiva em que olharmos os pares de opostos, a Esperança pode também ter uma conotação negativa. Pode minar nossas ações, impossibilitando-nos da ação, fazendo com que aceitemos coisas que deveríamos confrontar.

 

- Uma aproximação deste mito pode ser feita com a Queda de Adão e Eva, relatada no livro do Gênesis. Em ambos os mitos é a mulher, previamente avisada (por Adão, na Bíblia, ou, aqui, por Prometeu e por Zeus), que comete um erro irremediável (comendo o fruto proibido, na Bíblia, ou, aqui, abrindo a caixa, ou jarra, de Pandora), condenando assim a humanidade a uma vida repleta de males e sofrimentos. Todavia, a versão bíblica pode ser interpretada como mais indulgente com a mulher, que é levada ao erro pela serpente, mas que divide a culpa com o homem.

 

- A mentalidade politeísta vê Pandora como a que deu ao homem a possibilidade de se aperfeiçoar através das provas e da adversidade (o que os monoteístas chamam de males). Ela lhe dá assim a força de enfrentar estas provas com a Esperança. Na filosofia pagã, Pandora não é a fonte do mal; ela é a fonte da força, da dignidade e da beleza, portanto, sem adversidade o ser humano não poderia melhorar.

 

Trabalho de Sísifo

Aplicável a todos os casos de trabalho infrutífero ou em vão; ou ainda de esforços baldados e inúteis, sem término e sem qualquer finalidade proveitosa.

 

Sísifo, da mitologia grega, era considerado o mais astuto dos mortais. Por ter enganado a morte por duas vezes, foi condenado a executar um trabalho rotineiro e cansativo por toda a eternidade: rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha. E toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava montanha abaixo até o ponto de partida, por meio de uma força irresistível.

 

Suplício de Tântalo

Refere-se ao sofrimento daquele que deseja algo aparentemente próximo, porém, inalcançável, a exemplo do ditado popular "Tão perto e, ainda assim, tão longe". Em suma a expressão. Sofrimento de quem, desejando muito uma coisa, sempre a vê escapar quando está prestes a alcançá-la.

 

Filho de Zeus e Plota, Tântalo abusou da amizade e da confiança com que era distinguido pelos deuses, mas não há acordo sobre o motivo exato. Teria revelado segredos divinos, ou roubado o néctar e a ambrosia (alimentos divinos e exclusivos dos deuses) durante um banquete, ou ainda teria matado o próprio filho, Pélops, e servido seus pedaços aos deuses durante um banquete para por à prova a clarividência divina.

A punição da afronta foi exemplar: preso por toda a eternidade no Hades, Tântalo estava sempre mergulhado em água até o pescoço e sob uma árvore carregada de saborosos frutos. Sofria incessantemente fome e sede, mas quando tentava mergulhar e beber, a água fugia dele; quando levantava os braços para pegar os frutos, os galhos da árvore se moviam para fora de seu alcance.

 

Lei de Drácon (ou Draco)

 Lei impiedosa, cruel, bárbara, extremamente severa e desumana. Drácon, legislador ateniense que vivem por volta do século VI antes de Cristo. Foi o autor do primeiro código de leis penais escritas que vigorou em Atenas. Nele, a pena de morte estava prescrita para quase todos os crimes. Leis draconianas.

 

Um marco no Código de Drácon, fora a inexistência de pena, em casos de homicídio involuntário (homicídio culposo), visto que nestes casos a administração da justiça é que resolvia o entrave.

 

Aristarco

Crítico severo, mas justo, esclarecido e de bom critério.

Séc. II a.C. Crítico Alexandrino. Deve-se a Aristarco a primeira edição crítica historicamente relevante dos poemas homéricos.

 

Zoilo

Crítico invejoso, mordaz, injusto, parcial.

Séc. IV a.C. - Crítico de Homero, e cujo nome se tornou ridiculamente célebre pelo azedume e injustiça das suas censuras contra o cantor da epopeia de Aquiles.

 

Messalina

Mulher do imperador Romano Claudius. Foi conhecida por ser adúltera e inescrupulosa. Em um episódio desafiou a maior prostituta de Roma para um duelo em que sairia vencedora aquela que transasse com o maior número de homens em 24 horas. A prostituta no meio da disputa desistiu por não aguentar mais e a Messalina continuou por mais de24 horas. Transformou o palácio em um bordel e ainda tentou matar Claudius. Hoje em dia Messalina é sinônimo de mulher fácil, libertina, vadia, mulher bandida, sem caráter e adúltera.

 

Tartufo

O termo tem acepção de pessoa hipócrita ou falso religioso, originando ainda uma série de derivados como tartufice, tartúfico ou ainda o verbo tartuficar - significando enganar, ludibriar com atos de tartufice.

Tartufo (em francês Le Tartuffe) é uma comédia de Molière, e uma das mais famosas da língua francesa. Sua primeira encenação data de 1664 e foi quase que imediatamente censurada pelos devotos religiosos que, no texto, foram retratados na personagem-título como hipócritas e dissimulados.

Ao escrever sua obra, o autor ataca um grupo muito influente: os devotos. Entre estes se contavam homens cuja religiosidade era sincera, mas a maioria era de manipuladores conscientes do poder que poderiam obter com a falsa devoção. Foi a este segundo tipo que Molière atacou.

 

Iago

Intrigante. Iago utiliza a máscara de funcionário fiel, devotado, abnegado, conquistando assim a confiança de Otelo. Desvirtua a moral de Desdêmona, logo ela que era arquétipo da heroína, torna-se vilã arquétipo do vício. Devido a cumplicidade Otelo se deixa enganar por sua ingenuidade e sofre a fraude, artimanha que o prejudica e lhe causa o dano (após as intrigas armadas por Iago, Otelo assassina Desdêmona, ao acreditar que ela o traiu com Cássio).

 

Gargântua e Pantagruel

São dois gigantes memoráveis e suas histórias são pontilhadas por grandes comilanças, bebedeiras homéricas e episódios escatológicos. Pai e filho amantes da mesa e dos prazeres da carne.

 

 

Otelo

Marido ciumento. A insegurança de Otelo faz com que seja receptivo às intrigas de Iago, que desperta seus ciúmes, insinuando um romance entre Desdêmona e Cássio. O ciúme se intensifica e culmina com o assassinato de Desdêmona pelo marido. Uma acuada Desdêmona não pode também fugir a seu destino, como Otelo não pode fugir do crime e de sua autodestruição.

 

 

 

PERÍFRASE (=em torno da frase)

Também conhecida por “Circunlóquio” ou “Rodeio”, consiste em substituir uma palavras por diversas outras, de forma que estas refiram-se àquela indiretamente. Trata-se de qualquer sintagma ou expressão idiomática mais desenvolvida (e mais ou menos óbvia ou direta) que substitui outra. É utilizada como uma quebra de estilo para evitar a mesmice das frases feitas e criar novas relações metafóricas.

- a última flor do Lácio (Língua Portuguesa)

- a Cidade Luz (Paris)

- o país do futebol (Brasil)

- a mensageira da primavera (andorinha)

- o astro rei (sol)

- aquele que tudo pode e nos protege (Deus)

- o berço dos faraós (Egito)

- o berço do gênero humano (Ásia)

- a cidade dos jardins suspensos (Babilônia)

- a terra da promissão (Canaã)

- cidade sorriso (Niterói)

- cidade eterna (Roma)